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MorpheuVRJ

[Spoiler] Review pessoal Batman Arkham Knight

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                     Depois do desastre que foi Assassin"™s Creed Unity o ano passado, esse ano o jogo que estava esperando era Batman Arkham Knight. Mesmo desempregado, apertei o cinto e acabei comprando o jogo em várias prestações. Mas no fim o jogo acabou não me agradando muito. Entenda, o jogo não é ruim, mas também não é o Masterpiece que estava esperando do jogo de encerramento da franquia.

 

                      A história deixa muito a desejar, especialmente o Arkham Knight. Título do jogo e prometido ser um novo personagem, ele não é nada além do Jason Todd, o segundo Robin. Isso já havia sido feito nas HQ"™s e também não gostei disso quando li. O fato do Jason estar morto é mais impactante para o Batman do que ele estar vivo. Revelações a parte, Arkham Knight é muito mal usado e você não tem a sensação de que ele é nada mais do que um pau mandado do Espantalho.

                      Os outros personagens também caíram no clichê da série dos anos 70. Se você é um personagem importante, mas não é o Alfred ou um vilão: você vai ser capturado. Pior ainda, se você for mulher vai ter que se contentar com o título de dama em apuros e não pode reclamar. Já começo o jogo com o Hera Venenosa presa pelo Espantalho, depois a Bárbara é capturada, e para finalizar as damas, a Mulher Gato é capturada pelo Charada. Agora é a vez dos meninos. A epidemia começa pelo Asa Noturna, passa para o Comissário Gordon e finaliza na isca favorita dos vilões: o Robin. Me senti como criança vendo o seriado do Adam West.

                      O ponto alto da história é mesmo o Coringa. Isso mostra o quão ele é importante para o Batman e disparado a milhas de distância a frente de qualquer outro antagonista. Achei muito bom o fato de que o Coringa está morto e não inventaram nenhuma história doida para ressuscitar ele. Para garantir isso, é você que crema o corpo dele logo na primeira cena do jogo. O fato do coringa estar na cabeça dele foi muito bem pensado pela parte dos roteiristas e abriu possibilidades de roteiro impensáveis. Ver o Coringa comentar sobre as coisas que ele descobriu na cabeça do Batman e sobre os acontecimentos do jogo é, para mim, uma das melhores coisas do jogo. A atuação do Mark Hamil como Coringa é o ponto alto do jogo, ele consegue ser perfeito na interpretação do personagem.

                      Uma coisa que fiquei pessoalmente descrente foi o que criaram um par romântico entre a Barbara e o Tim Drake. Não somente isso, mas uma cena no final sugere que os dois estão se casando. Sei que é um universo paralelo, mas difícil de engolir essa.

                      Infelizmente o final é bem previsível, especialmente o protocolo Knight Fall. Batman desmascarado finge a própria morte. Já vimos essa mesma história recentemente nos filmes do Christopher Nolan e eu particularmente não acho que funcionou lá também. Depois tem a cena de uma Batman tipo pesadelo que não entendi nada. Mesmo com o Batman "morto" ainda tem um monte de gente para proteger Gotham. Não acredito que todos os outros vigilantes treinados ou não por ele, vão simplesmente parar de atuar.

 

                      Um pecado que o jogo comete é o uso excessivo do Batmóvel. A ideia do carro é muito boa, mas deveria ter sido usada bem mais moderadamente. O jogo praticamente é do Batmóvel e não do Batman. A série Arkham, mesmo o Origin que não foi feito pela Rockstead, é marcado pelas batalhas estratégias contra os principais vilões. Nesse jogo isso tudo é relegado a simplesmente uma corrida no modo carro ou uma batalha no modo tanque. Até mesmo o Charada entra nessa. Por mais que alguns puzzles sejam interessantes usando a combinação de Batman e Batmóvel, fazer você correr contra o tempo não tem absolutamente nada a ver com o Charada. Até mesmo o Exterminador, um dos maiores artistas marciais do universo DC e uma das batalhas mais legais do Origin, é relegado a um pega-pega entre tanques e Batmóvel. Fora a física maluca que colocaram quando você está no usando ele. Em alguns momentos o carro parece ser de papel e em outros parece ser a coisa mais pesada do mundo. Tiveram que ajustar tanto a física que chega ao absurdo de querer que você não só ande nas paredes com um carro super pesado, mas que também faça drift enquanto está de ponta cabeça para fugir de obstáculos. Mas não se engane, se sair um milímetro do percurso a senhora gravidade volta ao normal e você vai se encontrar com o chão rapidinho. Para quem não curte e não está familiarizado muito com jogos de corrida como eu, vai ter muitas oportunidades de ficar tentado refazer a mesma parte várias e várias vezes.

 

                      Gotham City está gigante nesse jogo e o melhor modo de explorar é planando pela cidade. Com os upgrades do gancho é possível chegar em alturas nunca imagináveis antes e isso é incrível! Confesso que me senti perdido na cidade do começo ao fim, afinal são tantos prédios e tantos detalhes que se você não explorar muito, vai perder bastante referencias.

                      Foi na exploração que encontrei o ponto forte do jogo. Gotham oferece muitas coisas para fazer e te manter entretido entre as missões principais. Os troféus e enigmas do Charada são liberado aos poucos e isso já uma sensação de completar algo antes de progredir com a história. Devido ao tamanho do jogo você acaba tendo que usar os informantes para conseguir as localizações. Mas isso não significa se será fácil de descobrir a solução. Especialmente os enigmas são bem difíceis, não pelo enigma em si, mas pelo item que você tem que achar, como por exemplo um pôster especifico em 2 quadras cheias de lojas, posters e neons.

                      Passei horas planando e admirando o trabalho incrível que tiveram na construção de Gotham. O legal é que no horizonte você consegue ver o Asilo Arkham, a Mansão Wayne e a parte da cidade que virou Arkham City.

 

                      No fim o jogo é bom, mas esta longe de ser uma obra prima Game of the Year sem concorrente que espera que fosse. 

 

                      Não vou platinar esse jogo, mas de todos da série, esse com certeza é o mais fácil para conseguir a platina. Não tem troféu online e caso deixou algo para fazer, pode voltar no jogo ou nos challenges dentro do jogo para fazer.

 

P.S: Esse é um review pessoal sobre o que eu achei do jogo. Vai ter gente que vai concordar ou discordar do que escrevi. Caso for fazer um comentário por favor seja no mínimo educado e entenda que não estou aqui para ser convencido a gostar/desgostar do jogo, só quis expressar minha opinião sobre o ele.

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li seu review e achei bem bacana, só achei que tem uns spoilerzinhos aqui e ali

Marquei no título que tem spoilers kkkk

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Li e gostei.

 

Discordo de algumas coisas. Gostei bastante da história, apesar de não ter prendido o charada ainda e não ter ativado o nightfall completo.

Mas o Batmovel que foi super elogiado pela midia eu tb não curti!

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Achei o final muito bom. Diferentemente da franquia do Nolan que não tinha motivo algum para o Batman fingir a morte, nesse jogo, há motivos reais como a revelação de identidade e a necessidade do mito continuar (Vide que se completar o 100% aparece a cena com o retorno do Morcego agora utilizando o gás do medo). Foi a unica maneira de continuar a combater o crime, sem perder a magnitude do personagem que é causar medo.

 

E o Coringa cara? A série Arkham tem, se não a melhor interpretação do personagem, uma das melhores. E esse jogo trabalha o Coringa de uma forma espetacular sem prejudicar a trama que coloca um vilão menor, o Espantalho, mas mesmo assim provoca medo.

 

E fala sério. Quando em Arkham City tinhamos uma ou duas cenas sensacionais, neste jogo elas ocorrem a todo momento. E a questão de trabalhar eventos passados por meio de flasbacks foi muito boa.

 

O Batmovel não me desagradou, mas senti falta de batalhas de chefe de verdade. Crocodilo em Arkham Asylum, Ra's Al Ghul, Solomon Grundy e Cara de Barro no City. E é claro a batalha espetacular com o Exterminador em Origins (talvez o melhor ponto daquele jogo) foi transformada numa mera briga de tanque.

 

Por mim, o Batmovel deveria ser apenas Modo Perseguição. Mas achei a melhor história da série, as melhores missões secundárias e empatado com Arkham City como melhores jogos da série.

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Gostei de seus comentários, mas no título deveria colocar: Mega, ultra, power, super spoilers e revelações do enredo.

Realmente o batmóvel fez o game cair no meu conceito, não por ser chato mas por ser forçado a utilizar em excesso. E a falta de boss battles é horrível.

Eu daria uma nota 7 para o jogo. Não joguei o Arkham Asylum, mas o Arkham city é top 5 do ps3 na minha lista, então a decepção foi grande.

Poderiam ter aproveitado mais Pinguim e Duas Caras, fora a batalha com o Deathstroke que é ridícula.

No mais , no geral a história é  meio clichê, mas não me desagradou muito. Coringa realmente foi muito bem trabalhado e a atuação beira a perfeição. Fico triste que um dos meus vilões favoritos dos quadrinhos seja visto no Br como coisa de ''bandido''.

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