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[GameGen] Os erros da Microsoft que tornam o PS4 a escolha certa

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Os erros da Microsoft que tornam o PS4 a escolha certa

 

"Nós não iremos mudar nada. Estamos felizes com o que apresentamos do Xbox One. Estamos realmente felizes. Vocês viram os jogos apresentados durante a nossa Conferência? Vocês viram os exclusivos? Estamos realmente orgulhosos do Xbox One e dos jogos que chegarão para ele. Acho que minhas palavras são o suficiente".

 

A frase acima foi escrita por Larry Hryb, conhecido como Major Nelson, após a apresentação da Microsoft na E3 2013, quando um usuário perguntou se a Microsoft mudaria a sua estratégia após a Sony revelar o PlayStation 4. Uma semana depois, Hryb estava comendo cada uma de suas palavras, enquanto a Microsoft anunciava uma mudança radical na política de jogos usados e conexão online previamente anunciada, igualando-as com as políticas da Sony.

 

 

O preço e o produto colocaram o Xbox 360 na liderança durante toda a geração, mas neste momento o mundo não está pronto para o Xbox One, assim como a Microsoft. No dia do seu lançamento, ele terá um serviço de TV que favorecerá apenas os norte-americanos, nenhum jogo que justifica o Kinect e o SmartGlass ainda fará pouco sentido para a grande maioria dos jogadores. As políticas da Microsoft também tirarão do Xbox One uma enorme quantidade de jogos independentes, que estarão disponíveis em abundância na concorrência.

 

Em todos os sentidos, a Microsoft foi a empresa que mais teve dificuldades para criar o seu console de nova geração. A Sony passou grande parte dos últimos sete anos repensando as políticas adotadas no PlayStation 3, que colocou o console em último lugar em vendas desde o início da geração, mas a Microsoft tinha o Xbox 360, um console mais barato e com um hardware de programação fácil. Ou seja, o próximo Xbox precisava ser uma revolução, ou desapontaria a todos. No final, ele conseguiu ser os dois.

 

A nuvem negra da Microsoft começou meses antes da revelação do Xbox One, quando rumores indicavam a sua necessidade de estar sempre conectado. Na época, os jogadores já pareciam indignados com a escolha da empresa, mas isso não foi o suficiente para ela mudar de decisão. em sua revelação oficial, no dia 21 de maio, o console foi anunciado como uma plataforma 100% conectada, além de possuir um sistema de compartilhamento de jogos usados tão complexo e confuso, que nem mesmo os executivos da empresa sabiam explica-lo.

 

Apenas nove dias após a sua Conferência na E3 2013, onde a Microsoft conseguiu desagradar a todos com sua política, ela resolveu mudar. Agora, você não precisará estar sempre conectado e poderá compartilhar seus jogos usados da mesma forma que eles são compartilhados hoje. Mas, a mudança foi totalmente contra a visão de futuro da Microsoft e mostrou que a empresa está totalmente perdida.

 

Mas, esta batalha de políticas, não precisaria acontecer. O que a Microsoft apresentou na E3 2013, poderia facilmente convencer o jogador a estar conectado. Quem não achou fantástica a ideia da inteligência artificial nas nuvens de Forza 5? Ou então ter acesso a toda a sua biblioteca de jogos de forma digital. O que foi apresentado convenceria facilmente qualquer jogador a estar sempre conectado. Se pararmos para pensar, os jogadores de PC já aboliram os jogos em disco a muitos anos, não possuem revenda de jogos e estão sempre conectados para jogar, mas as mensagens trocadas e as políticas expostas de forma errada derrubaram a Microsoft, que se tornou uma empresa difícil de se confiar.

 

Em momentos como esse, os usuários começam a se lembrar de outras tentativas frustradas de inovar. O Zune, lançado para competir com o iPod, tinha uma função social interessante, mas que se tornou mania apenas depois de serviços como Spotify e Last FM serem criados. O windows Phone e o Surface chegaram em um momento que o Android crescia muito e quem não tinha um produto da Apple, optaria pelo sistema do Google. O que falar então da interface do Windows 8? Criada para um mundo onde todos os computadores deveriam ter tela sensível ao toque. Zune, Windows Phone, Surface e Windows 8 são bons exemplos de produtos da Microsoft que chegaram antes ou depois do momento ideal e acabaram sendo descartados pelo consumidor.

 

Com o Xbox One, não está sendo diferente. O console é um videogame, um receptor de TV, um aparelho de vídeo conferência e um computador para navegar na internet, sendo lançado para um público que quer apenas jogar. Em cinco anos, quando todos os aparelhos de TV estiverem adaptados ao Xbox One, todos estiverem acostumados com compras digitais e a internet mundial evoluir como um todo, o Xbox One estará pronto para ser o aparelho do momento. Em 2013, é apenas um sistema com um enorme preço na etiqueta, uma mensagem confusa e milhares de desenvolvedores gritando por mudanças. Essa história não te parece familiar?

 

Em 2005, as mensagens iniciais da Sony pintavam o PS3 como um aparelho tão caro que você deveria arrumar um segundo trabalho para compra-lo. Existia aquele controle que lembrava um bumerangue, que logo foi substituído pelo Sixaxis, que acabou dando a vez para o DualShock 3. Existia a infra estrutura online, que para a época parecia ser a melhor existente, e a arquitetura complexa de hardware, que tornou o trabalho dos desenvolvedores um verdadeiro inferno.

 

Hoje, a postura arrogante (e ignorante) da Microsoft lembra muito a postura da Sony de sete anos atrás, com mensagens erradas, políticas indefinidas e planos online inconsistentes. Pior do que isso, a Microsoft conseguiu afastar do Xbox One uma enorme quantidade de mentes brilhantes que desenvolvem jogos independentes.

 

Após anunciar que os desenvolvedores independentes não poderão publicar seus próprios jogos, diversos revelaram que não lançaram suas criações no Xbox One. Produtores como Phil Fish, da Polytron, responsável por FEZ, e Dean Hall, da Bohemia, responsável por DayZ, disseram que só é possível lançar os seus jogos em um console onde a política apóia os produtores independentes, não os obrigando a fazer uma parceria com uma publisher e não cobrando por atualizações de software. Esses são apenas dois dos jogos que acabarão se tornando exclusivos do PlayStation 4.

 

A Sony, por sua vez, entra na próxima geração com seus erros fixados: o preço certo, uma mensagem clara e consistente, uma estrutura online robusta e focada em jogadores e um hardware amigável para os desenvolvedores de jogos. Sete anos após o lançamento desastrado do PlayStation 3, quem está cometendo os erros que definem toda uma geração é a Microsoft. Os 16 jogos exclusivos apresentados na E3 2013 são um bom argumento para apostar no Xbox One, mas eles estão dentro de uma armadilha da Microsoft, que lançará um console que visa resolver uma centena de problemas que você nunca teve e jamais pensou em resolver.

 

Tecnicamente, criativamente e moralmente o mundo ainda não está pronto para o Xbox One, nem a Microsoft está. O Xbox One é um aparelho que possui funções para um futuro, não pensando no presente. O PlayStation 4 possui benefícios focados hoje e se torna, sem sombra de dúvidas, a escolha certa para a próxima geração.

 

Fonte: GameGen

 

 

Esta é aquela matéria da capa da última revista EDGE, que falava porque o público deveria escolher o PS4. Muito bem feita mesmo, sem parecer tendenciosa, como era a impressão que o título passava.

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Bem interessante! Concordei com praticamente tudo xD

Só espero que a concorrência seja interessante, para beneficiar os consumidores.

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